Ainda não se sabe ao certo qual será o tamanho do rombo causado pela pandemia na nossa Economia e o quanto ela irá afetar a qualidade de vida de todos nós. Contudo, os especialistas são unânimes em afirmar que a recuperação tende a ser lenta, em um processo que pode aprofundar ainda mais as desigualdades sociais já existentes. Em meio a esse cenário de adversidades, se olharmos para as experiências do século XX, assolado por inúmeras guerras internas e externas, podemos concluir que a Educação é um pilar fundamental para a reconstrução de um país após crises profundas.
Uma retomada sólida no pós-pandemia depende de pesados investimentos educacionais e de uma ruptura dos padrões conservadores que ainda colocam a sala de aula como um espaço apenas de ordem e disciplina, no qual os alunos recebem informações de forma passiva. O mundo já mudou muito, mas esse é apenas o começo. Estimativas indicam que a tecnologia deve avançar mais nas próximas duas décadas do que avançou nos últimos 300 anos. Ou seja, preparar o aluno do futuro significa permitir que ele desenvolva as habilidades necessárias para conviver e transformar uma sociedade cada vez mais dinâmica e conectada.
Quem sabe, a partir da implementação efetiva da Base Nacional Curricular Comum, possamos refletir sobre todos aqueles conteúdos que a escola não ensina (ou ensina de modo superficial). Fórmulas prontas e exercícios repetitivos não podem mais fazer parte do dia a dia escolar. Vou listar abaixo alguns exemplos do que a escola deveria transmitir às crianças e adolescentes, principalmente nos anos finais do ensino fundamental e, de modo mais consolidado, ao longo do ensino médio:
- Técnicas para falar em público;
- Raciocínio lógico;
- Noções de educação financeira;
- Importância do networking;
- Análise crítica de diferentes abordagens políticas e sociais;
- Características, funções e cálculo dos impostos e tributos;
- Como utilizar a conta bancária e todo o pacote de serviços bancários;
- Criação de currículo e preparação para entrevista de emprego;
- Aprender a falhar e a crescer com os erros;
- Aprender a lidar com as próprias emoções;
- Cuidados com a saúde física e mental;
- Noções de Legislação, direitos e deveres básicos;
- Aprender a empreender (montar plano de negócios, abrir CNPJ, etc...);
- Descobrir suas habilidades e potencialidades;
- A importância de acreditar em si mesmo e em um mundo melhor.
São apenas alguns exemplos que envolvem problemas que precisarão ser resolvidos no dia a dia dos jovens no futuro. Sem desenvolver essas habilidades, dificilmente estaremos prontos para uma reconstrução sólida e que nos possibilite competitividade perante o mundo.

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