As notícias favoráveis à retomada da economia com o protagonismo da indústria, no Brasil, têm sido reiteradamente positivas. Citação antiga diz que “depois da tempestade vem a bonança”, mas precisamos nos conter para não emitirmos um otimismo exagerado.
Assim, seguimos aguardando a conclusão do processo de vacinação e a consolidação da tendência de retomada da economia, onde a indústria tem cumprido seu papel de forma muito satisfatória.
Os números são animadores e mostram uma distância abissal em relação ao colapso econômico que literalmente aconteceu nos primeiros meses de pandemia em 2020.
Vejamos: o RS criou 27,2 mil vagas de emprego em janeiro de 2021, melhor desempenho para o período desde 1992, sendo 3.669 dessas vagas oriundas da indústria calçadista, que teve o seu melhor janeiro dos últimos 20 anos. Em fevereiro, a economia gaúcha teve crescimento recorde histórico de 3,96% na comparação com o mês anterior, enquanto a economia nacional cresceu 1,7%. No primeiro trimestre do ano, totalizamos 74.448 vagas formais de trabalho, sendo 49% destas vagas geradas pela indústria. Da mesma forma, os dados mostraram um crescimento de 48% na abertura de empresas, especialmente MEIs, comparado com os três primeiros meses de 2020.
Em nível nacional, as informações mostram um mês de março com faturamento na indústria 12,7% superior a 2020, bem como um crescimento de 7,5% no trimestre, além de um avanço no emprego pelo oitavo mês consecutivo.
Entretanto, a economia do Brasil e do Rio Grande do Sul ainda sofrem de baixa competividade sistêmica, com políticas de curta duração, insegurança jurídica, burocracia em excesso, escassez de investimentos, infraestrutura precária e anacrônica, entre outros problemas. Resultado disso, a desindustrialização continua sendo a maior responsável pela crise fiscal em todos os níveis.
Buscando colaborar neste sentido e destacando a centralidade da indústria para a economia, estamos instalando a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Gaúcha (FPI-RS), como forma de unificar todos os setores envolvidos num processo de governança em prol de uma política industrial estruturada. Precisamos de mais profissionalismo e eficiência, mas, sobretudo de políticas que englobem todos os setores produtivos da sociedade, o que elevará o nível geral da competitividade não só das indústrias, mas da economia como um todo.
Vamos trabalhar juntos na defesa do Rio Grande que produz!
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