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ARTIGO

A juventude e a democracia

Nunca o Brasil e os partidos políticos precisaram tanto de novas lideranças.

Publicado em 22/06/2020 às 21:50
Atualizado em

(Foto: Divulgação / Facebook)

Desde muito cedo tive o privilégio de conviver em ambientes acadêmicos, partidários e de movimento estudantil. Foi nestes locais que fui instigado a pensar sobre os chamados problemas da sociedade. Se falava sobre educação, desemprego, saúde, renda, enfim, sobre os sonhos e os caminhos para um país e uma vida melhor. A juventude era chamada para o palco da democracia, havia um desejo de transformação e os partidos dialogavam com isto.

A demonização dos partidos e da política é parte de uma narrativa que precisa ser desconstruída. Aos jovens de hoje se permitem desejos de uma gama enorme de coisas que a vida não lhes permite ter, um “ethos” gerador em potencial de frustrações e depressão. Sem um projeto coletivo que os envolva, perderemos pelos ralos da vida uma geração inteira. Deixando para os partidos e para a política apenas aqueles que se motivam pelas suas comezinhas razões.

Nunca o Brasil e os partidos políticos precisaram tanto de novas lideranças. Há um desastre em andamento neste país. Já destruímos no primeiro trimestre mais de 5 milhões de postos de trabalho. Em meio a maior crise de saúde dos últimos anos, temos 23 militares no ministério da Saúde fazendo protocolo de cloroquina sem assinatura de técnico. Um governo que vive de invencionices, anticiência e não democrático. E quem pôde assistir ou ouvir os áudios vazados da reunião ministerial, ouviu uma sequência enorme de palavrões e nada de rumos para o país.

Se o presente que vivemos é ridículo, quando olhamos para o passado também não enchemos o peito de esperança. O que está não deve permanecer, o que passou não deve retornar. A liderança que o país precisa deve emergir desta condição. Lideranças novas que tenham a capacidade de inventar um futuro coletivo para este país. A juventude mais do que nunca é nossa esperança, podem ser de direita, podem ser de esquerda, mas que sejam democráticos. Este país precisa de rumos e a juventude precisa participar da política. É urgente.

Jefferson Allan Muller | Advogado e Sociólogo | Igrejinha/RS

Sobre o Autor

Formado em sociologia pela UFRGS, em Direito pela Unisinos e mestre em Ciência Politica. Foi secretário municipal de Desenvolvimento Social e Habitação no Município de Igrejinha. Membro da executiva estadual do PSB/RS. Atualmente é chefe de gabinete do Deputado Estadual Dalciso Oliveira.

Jefferson Allan Muller | Advogado e Sociólogo | Igrejinha/RS


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