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CURRÍCULO

Carta de apresentação: saiba como fazer e o que deve ser evitado

Algumas empresas solicitam este documento na hora do envio do currículo; entenda quais informações devem ser colocadas e de que modo

Publicado em 26/02/2018 às 23:04
Atualizado em

A carta de apresentação deve ser simples e objetiva (Foto: iStock)

A carta de apresentação pode ser muito importante para quem está procurando emprego. É comum encontar vagas que solicitem, além do currículo , este documento para que o profissional esteja apto a se candidatar. 

Escrever uma carta de apresentação é uma tarefa mais simples do que se imagina. Basta ficar atento a todas as informações importantes e tomar cuidado para não descrever mais do que o necessário. 

Dicas para fazer a carta

1) Comece a escrever colocando o nome e o cargo da pessoa para quem a carta será enviado. Caso a vaga tenha sido encontrada dentro de um site de empregos e estas informações não estejam disponíveis, dirija-se à pessoa como "caro recrutador" ou "caro empregador". 

2)  Não é em todos os anúncios encontrados na internet que o nome da empresa é divulgado, mas, quando essa informação for disponibilizada, faça uso dela. Inclua o nome da empresa no início do texto para que o recrutador entenda que você conhece a companhia em que deseja trabalhar. Mas fique atento: tenha certeza de que está escrevendo o nome corretamente. 

3)  Lembre-se de incluir suas características profissionais e também pessoais que sejam úteis para o trabalho na vaga pretendida. 

4)  Não prolongue demais a carta. Seja breve e objetivo durante a execução do texto. Em caso de envio físico, use um papel A4 branco. Caso seja entregue por e-mail, envie junto com o currículo

5)  No primeiro parágrafo do texto, fale sobre o seu interesse pelo cargo. Diga por qual motivo está enviando o currículo e também esclareça qual é a área na qual deseja trabalhar. 

6)  O segundo parágrafo do texto serve para você falar sobre a sua formação acadêmica e outras qualidades. Deixe bem claro quais são seus objetivos e quais as suas competências para atingi-los. É nesta parte da carta que o candidato atrai a atenção do empregador para olhar seu currículo. 

7)  Deve ser o parágrafo final de sua carta de apresentação, para evitar que o texto seja muito extensa e que o recrutador fique cansado ao fazer a leitura. Nesta parte, coloque-se à disposição para uma eventual entrevista. Assine e coloque seus telefones para contato.

Como fazer uma carta de apresentação?

De acordo com a especialista em RH do VAGAS.com, Viviane Cândido, a carta de apresentação para emprego nada mais é do que uma síntese de suas qualificações e experiências profissionais, o candidato apenas deve ter o cuidado de não entrar em detalhes sobre como cada projeto foi realizado, etc., para que não fique um documento extenso.

Projeções

Similarmente, caso você tenha um conhecimento muito específico é essencial não deixar de lado essa informação na carta. A recrutadora também avalia que escrever nesse documento - igualmente de forma sucinta - um pouco das ambições é totalmente válido, uma vez que o objetivo da mesma, em conjunto do currículo (CV), é fazer com que o profissional de RH tenha todas as informações necessárias para entender aquela pessoa.

Linguagem

Engana-se quem pensa que enfeitar a carta ou o currículo com palavras difíceis vai fazer com que você saia na frente dos demais candidatos. Segundo Viviane Cândido, o mais recomendável é que antes de formular o texto, o interessado pela vaga pesquise sobre a empresa em questão e identifique, em certo grau, a personalidade da empresa. Desta forma, a linguagem utilizada pode ser mais despojada, se assim a companhia se apresentar para o mercado.

“É necessário que o candidato tenha um feeling. Somente ao ler a apresentação da vaga é possível perceber como a empresa apresenta a si e a função disponível, e identificar se ela tem um perfil mais descontraído ou formal”, aponta a especialista.

Quando questionada até que ponto esse detalhe é válido, a recrutadora responde que pode ser um diferencial essa linguagem correspondente sim, uma vez que os profissionais de RH buscam um profissional que se identifique com o perfil da empresa em questão.

O candidato que fala outro idioma também pode formular a carta e o próprio currículo nessa língua, além do próprio português. Viviane Cândido, entretanto ressalta que o recurso somente é recomendado em casos muito específicos, se a vaga, por exemplo, for para uma multinacional ou uma escola de idiomas.

O recurso é opcional e apenas em casos necessários por que, de repente, a vaga nem mesmo exige o conhecimento de outro idioma. Outro fator que pode fazer a elaboração ser em vão é que muitas vezes nem a recrutadora domina a língua estrangeira, causando um problema em vez de um auxílio.

Um bom modelo de carta de apresentação pode ser iniciado assim:

“Caro (a) [nome], recrutador (a) da [empresa],

Meu nome é João Silva, 25 anos, e tenho interesse pela vaga de administrador. Estou desempregado há seis meses e desejo trabalhar na [empresa] para colocar em prática meus estudos até aqui realizados.

Sou formado há cinco meses em [x] pela Faculdade [instituição], e em [cursos] pela [nome das escolas]. Tenho como intensão colaborar com o crescimento da empresa, por meio de minha ascensão profissional e experiências...”.

Currículo

Viviane Cândido alerta que o candidato jamais deve excluir informações do CV com a intensão de coloca-las na carta, como se fosse um documento complementar. Justamente porque é no primeiro que deve estar todas as informações que o recrutador deseja identificar. 

A especialista até mesmo questiona a relevância de uma carta diante da realidade cotidiana da profissão. “O trabalho de uma recrutadora é ler milhares de currículos, e se eu detectar que não tem as informações que preciso, provavelmente vou descartar aquele candidato em vez de recorrer à outras informações”, Viviane ainda avalia que na verdade o CV é a apresentação, e que por isso, muita gente acaba acrescentando embaixo do objetivo profissional, uma síntese de qualificações, que deve variar entre duas ou três linhas.

Em relação ao CV, ainda, é muito importante detectar que se o seu está passando de duas páginas, você provavelmente terá problemas em ser chamado para uma entrevista.

O recurso de tópicos é uma ótima ideia para ajudar na economia de espaço, ao contrário da descrição por extenso. Desta forma, é possível incluir as experiências de trabalho, os conhecimentos técnicos, além das ferramentas nas quais têm potencial de uso, caso o recrutador se interesse pela pessoa em questão, todo o mais – no caso, aquilo que estaria no texto descritivo – será perguntado durante a entrevista.

Agora, se todas as experiências de trabalho resulte em um CV com mais de duas páginas, Viviane Cândido dá uma boa dica para “peneirar” essas informações e não ultrapassar o limite recomendado. “Nessas circunstâncias, a pessoa pode optar por apenas incluir as últimas experiências ou aquelas que mais têm a ver com a vaga desejada. Como recrutadora, eu tenho que bater o olho e já identificar o que quero”. 

Revisão

Primeiramente, deve-se separar um momento para elaborar o CV e a carta, para que tudo seja feito na maior calma e concentração possível, e isso inclui leituras e mais releituras – até mesmo em voz alta - daquilo que está sendo escrito, pedir para que outra pessoa leia também é uma boa alternativa, já que o próprio candidato pode acabar ficando com a leitura viciada, sem conseguir identificar eventuais erros. 

Essa intensa revisão é de extrema relevância, porque nela podem ser identificados principalmente erros de português, que são determinantes para o descarte de um CV logo de cara.

Embora possa ser um simples erro, essa imprecisão já revela algumas coisas sobre o interessado pela vaga. Primeiramente, que o recrutador não vai pensar se o ocorrido foi um singelo erro de digitação ou uma evidência de que a pessoa não domina o português.

Outra coisa, o CV – e a possível carta – é a porta de entrada, e se o candidato não se preocupa em como se apresenta, quem dirá no cotidiano do trabalho, durante a execução das atividades, ou seja, uma apresentação assim não garante nada ao recrutador.

Em entrevista ao Brasil Econômico, a Viviane até mesmo revela que é muito comum receber currículos em que o nome da pessoa está inteiramente escrito em letra minúscula.

Entrevista de emprego

Concluídos os CV e a carta, a preparação agora é em relação à entrevista. Embora o esperado seja o candidato ser questionado durante o encontro, Viviane aponta que é muito positivo o interessado pela vaga chegar na empresa com dúvidas sobre o local.

Essa postura mostra como você está interessado pelo trabalho, e que você é uma pessoa antenada, já que se existe dúvidas é porque uma boa pesquisa prévia foi elaborada na preparação para essa entrevista.

Em relação à vestimenta, o conselho de Viviane segue a mesma linha daquele citado lá em cima, em relação à linguagem utilizada na carta. Caso tenha apurado cautelosamente que a empresa tem uma postura despojada, não há problema nenhum em ir vestido casualmente.

Como exemplo, ela cita a própria empresa, o VAGAS.com, onde frequentemente os próprios colaboradores indicam pessoas, que já sabem como é o perfil da empresa, então, é normal as pessoas irem mais informais – sem exageros, porque corresponde ao perfil da mesma.

Mas, caso haja o mínimo de dúvida, não tenha medo de arriscar uma roupa formal, uma vez que ninguém será eliminado por estar vestido desta forma, e o contrário já não é verdade.

E aí, está se sentindo preparado? Coloque já em prática as dicas de Viviane Cândido, e elabore um bom currículo e carta de apresentação para chegar com tudo na próxima entrevista.

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