A taxa de juros do cheque especial cresceu em janeiro e chegou a 324,7%, de
acordo com dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Banco Central. Na
comparação com dezembro, o aumento no índice foi de 1,7 ponto percentual. Na
comparação com janeiro de 2017, no entanto, foi registrada queda de 3,6 pontos percentuais.
Ainda de acordo com o BC, a taxa de juros do rotativo
regular do cartão de crédito , voltada aos consumidores que pagaram o valor
mínimo da fatura, chegou a 241% ao ano em janeiro. Em relação a dezembro, houve
um aumento de 7,1 pontos na taxa. Já na comparação com o mês de janeiro do ano
passado, houve queda de 191,1 pontos percentuais.
O crédito rotativo não regular , destinada aos consumidores
que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura caiu 14,6 pontos,
entre dezembro e janeiro, chegando a 387,1% ao ano. Em janeiro de 2017, ela
estava em 541,5% ao ano. Com isso, a taxa média na modalidade de crédito –
regular e não regular – ficou em 327,9% ao ano, com queda de 6,9 pontos
percentuais em relação a dezembro.
Em abril do ano passado, entrou em vigor uma nova regra do
Comitê Monetário Nacional (CMN) que limita a 30 dias a permanência desses
consumidores no rotativo. Depois desse prazo, as instituições financeiras devem
transferir a dívida para o crédito parcelado, que costuma ser menor.
Ainda assim, a taxa do crédito parcelado aumentou 3 pontos
percentuais, chegando a 171,5% ao ano em janeiro. No mesmo período, a taxa
média para as famílias apresentou alta de 0,7 ponto percentual, passando para
55,8% ao ano A taxa média para as empresas também subiu 0,7 ponto percentual e
passou para 22,3% ao ano.
Inadimplência do crédito fica estável
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90
dias, para pessoas físicas, ficou estável em 5,2%. Em relação às pessoas
jurídicas, houve alta de 0,3 ponto percentual, subindo para 4,8%. Os dados são
do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar dinheiro capitado
no mercado.
No caso do crédito direcionado – empréstimos com regras
definidas pelo governo destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural
e de infraestrutura –, os juros para pessoas físicas subiram 0,2 ponto
percentual e atingiram 8,2% ao ano. A taxa cobrada para as empresas subiu 0,9
ponto percentual, chegando a 11,7% ao ano. Neste caso, a inadimplência para as
famílias chegou a 2,1% e para as empresas, a 1,3%.