Sempre acreditei que um dos grandes méritos dos administradores públicos — em especial, dos gestores municipais — é o de funcionar como catalisadores das forças vivas das regiões que administram. O sucesso desta equação depende, na maioria das vezes, do sucesso do município. Como exemplos, temos a Região das Hortênsias e o Vale dos Vinhedos, que são dois grandes polos turísticos, construídos com a participação da sociedade, de empresários e do poder público.
A partir dessa crença, compartilhada na Associação dos Municípios do Vale do Rio do Sinos (AMVRS), nasceu a ideia da criação do Vale Germânico. Mas, afinal, o que representa o Vale Germânico? Que benefícios pode trazer à região? E o Vale do Sinos, como fica nesse contexto?
Começo pelo final. O Vale do Sinos segue existindo, pois designa uma região geográfica do Estado. Já o Vale Germânico traduz o que temos de melhor aqui: a “germanicidade”, se é que me permitem transformar o termo em um substantivo que é, na verdade, nosso adjetivo, nossa referência.
Depois de décadas defendendo que os indutores do turismo eram as cidades, o Ministério do Turismo compreendeu que a melhor forma de impulsionar o turismo se dá pela regionalização. É fato que os municípios têm limites de carga turística e de recursos. Porém, quando conseguem diluir os investimentos em uma região, o resultado é a sinergia e a integração. Uma cidade complementa a outra, e todas crescem.
O Vale Germânico será inserido no mapa turístico nacional, uma conquista que nos coloca na principal ferramenta de orientação às regiões e aponta alguns caminhos a serem fortemente trabalhados. Entre eles estão as relações com a Alemanha e os preparativos para as comemorações do Bicentenário da Imigração, incentivando cada município a fazer sua programação e integrando as iniciativas em um grande projeto. O Vale Germânico vai unir forças para somar. Agora que já existe de direito, o Vale Germânico precisa existir de fato!
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