A rampa de voo livre do Vale do Paranã é um dos mais tradicionais redutos do aerodesporto no Brasil, cenário de várias provas em nível nacional e mundial - como o 21º FAI - Mundial de Asa Delta Brasília 2017. Contudo, uma disputa judicial sobre a propriedade das terras põe em risco o uso do espaço para a prática esportiva.
A Associação de Voo Livre de Brasília - AVLB está engajada na causa, trabalhando para que a área seja desapropriada e possa voltar a sediar voos regularmente, como ocorre há mais de 30 anos. É um esforço conjunto com a Confederação Brasileira de Voo Livre - CBVL e os municípios goianos de Planaltina e Formosa, a pouco mais de 80 quilômetros de Brasília, onde a rampa está localizada.
Para tanto, a CBVL tem se mostrado parceira dos municípios para dar continuidade ao processo de desapropriação, emitindo documentos que comprovem o interesse público, esportivo e turístico do local. Além disso, pôs sua assessoria jurídica à disposição da AVLB para reforçar a ação judicial.
“A rampa é um patrimônio material e imaterial do esporte, com uma inquestionável relevância histórica para o voo livre e considerada uma das mais importantes do mundo. A CBVL reconhece a expressão desse sítio de voo e não pode permitir que o patrimônio se perca para interesses da iniciativa privada”, comenta o presidente da Confederação Brasileira, Alberto Vinícius Petry.
Segundo a AVLB, a rampa recebe mais de dois mil atletas todos os anos, que procuram o espaço especialmente durante a alta temporada, entre julho e setembro. “A AVLB vem desempenhando ações administrativas, políticas e judiciais. A rampa é a mais tradicional do País quando se fala em Asa Delta, pois recebe competições desde 1982. Sua história se confunde com a do desenvolvimento e crescimento do Voo Livre no Brasil e é casa de atletas campeões, vencedores de campeonatos Brasileiros e de recordistas reconhecidos pela FAI”, destaca o presidente da Associação, Rodrigo Zatz.
