Todos os horóscopos de início
de ano devem estar te falando que 31 de janeiro será uma noite especial.
Astrologia à parte, vai ser mesmo. Do ponto de vista da astronomia, 31 de
janeiro terá uma lua bem incrível, um combo de várias versões especiais do satélite:
a Lua Azul, a Superlua e a Lua de Sangue.
Vai ser a primeira vez em 150 anos, inclusive, que temos uma Lua Azul de
Sangue, tudo ao mesmo tempo.
Em primeiro lugar, vale
esclarecer que a Lua
Azul não é um evento
astronômico (e a Lua não fica azul). Tem, sim, a ver com a nossa forma de
registrar o tempo. No calendário lunar, um mês (ou um ciclo lunar) dura 29,5
dias. O calendário gregoriano, que é o que estamos acostumados a usar, tem de
30 a 31 dias. Graças a essa diferença, de tempos em tempos temos duas luas
cheias no mesmo mês. E a segunda Lua cheia de um mesmo mês é chamada de Lua
Azul – e a última apareceu em 2 de julho de 2015.
Já a Superlua já tem uma explicação bem mais legal. Ela é uma Lua proporcionalmente
maior e mais brilhante do que estamos acostumados a ver no céu, como você
talvez tenha reparado no dia 1º de janeiro, quando uma Superlua fez a primeira
aparição em 2018.
Para atingir esse ápice de
tamanho, a Lua precisa passar por dois fenômenos distintos ao mesmo tempo.
Em primeiro lugar, precisa
estar na fase cheia. Em segundo lugar, precisa estar mais próxima da Terra que
o normal. Isso só acontece porque a órbita da lua é elíptica. Ou seja, o
caminho que ela faz ao redor da Terra não é um círculo perfeito. Por isso, a
distância do satélite em relação à Terra varia bastante. O momento em que a Lua
passa mais longe do planeta é chamado de apogeu. Já a posição quando ela se
encontra mais próxima é chamada de perigeu.
A categoria de Superlua é dada
para qualquer Lua cheia que apareça nessa região da direita da órbita que você
está vendo na imagem 2 – quando a lua parece 14% maior e 30% mais brilhante.
Em seguida vem a Lua de Sangue. Nada mais é que o apelido
dramático dado à Lua durante um eclipse lunar total, no qual a posição da Lua e
a da Terra se alinham de forma que o nosso planeta fica exatamente entre o
satélite e o Sol.
Quando isso acontece, a Lua
perde a aparência branca e brilhante e ganha um tom avermelhado, que justifica
o apelido.
A conclusão é que teremos no dia 31 de janeiro a raríssima combinação de
uma segunda Lua cheia mensal, que também será maior e mais brilhante que o
normal até o eclipse, quando ela deve ficar não só grande, mas também
avermelhada…
Só que não por aqui: no Brasil, pode contar com a luazona no céu,
e saber que ela “é azul”, mas o eclipse não será visível. 😦