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Operação Barão sequestrou imóvel de investigado em Taquara

A Polícia Civil desencadeou, nesta terça-feira (26), a Operação Barão,

Publicado em 27/06/2018 às 05:42

(Foto: Divulgação)

Operação Barão prende 31 pessoas de organização criminosa no Rio Grande do Sul. (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil desencadeou, nesta terça-feira (26), a Operação Barão, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa considerada complexa, com sede em Porto Alegre e Região Metropolitana. Em Taquara, foi cumprido o mandado de um sequestro de imóvel pertencente a um dos investigados no caso. Não houve, no entanto, mandado de busca e apreensão ou de prisão no município. Na operação em todo o estado, foram presas 31 pessoas, cumpridos 72 mandados de sequestro/indisponibilidade de bens e 52 mandados de busca e apreensão. As ações ocorreram em Porto Alegre, Canoas, Viamão, Alvorada, Gravataí, Guaíba, Arroio dos Ratos, São Jerônimo e Taquara.

A primeira faceta do grupo estava relacionada ao roubo de veículos de luxo, os quais eram encaminhados para pavilhões, que possuíam estruturas de grande porte e maquinário para o desmanche e supressão de sinais identificadores dos automóveis. Posteriormente, as peças eram vendidas fisicamente nos pavilhões, em lojas ou pela internet.Segundo a Polícia, as investigações foram realizadas por cerca de 11 meses e identificaram 61 integrantes do grupo criminoso. Os delegados Adriano Nonnenmacher e Joel Wagner explicam que a organização criminosa era composta, em sua grande maioria, por indivíduos de classe média/alta e detinha grande poder econômico, funcionando como uma verdadeira empresa, com hierarquia e divisão de tarifas, bem como funções e competências pré-definidas.

O delegado Gustavo Bermudes da Rocha explica que a investigação constatou a movimentação lucrativa de cerca de R$ 500 mil por mês, só com as vendas clandestinas, podendo chegar até R$ 800 mil. Segundo o delegado, na lavagem de dinheiro é que entra o envolvimento de Taquara no caso. Um dos principais investigados no caso, considerado líder do esquema, comprou um imóvel na ERS-020, em direção a Gravataí, no qual construiu cinco salas comerciais e chegou a anunciar na região para locação ou venda. Contudo, foi identificado pela investigação que a aquisição deste imóvel se deu com dinheiro originado do cometimento de crimes. Com isso, a Polícia Civil pediu à Justiça o sequestro do imóvel, o que foi cumprido nesta terça-feira (26), ficando o bem à disposição da Justiça. Ou seja, não pode ser repassado a terceiro. Além disso, com a remessa do inquérito ao Poder Judiciário, deverá ser solicitada a perda do imóvel para que seja disponibilizado ao Estado.

Para o delegado Sander Cajal, diretor de investigações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), os membros da organização criminosa investigada demonstravam ousadia e aparente descrédito na responsabilização criminal. “No decorrer das investigações, a Polícia Civil já havia localizado sete pavilhões com diversas peças e veículos oriundos de delitos patrimoniais, mesmo assim houve continuação das atividades delituosas e incremento dos negócios espúrios, com a recente aquisição de um Centro de Desmanche Veicular”, salientou Cajal.

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