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REINVINDICAÇÕES

Carreata contra Bolsonaro e pró-vacina percorreu cidades do Paranhana

Além de exigir vacinação contra Covid-19, ato solidário defendeu o SUS e protestou contra privatizações de estatais no Rio Grande do Sul.

Publicado em 16/05/2021 às 23:55
Atualizado em

Carreata encerrou com bandeiraço em Parobé (Foto: Divulgação / CDP)

(Foto: Divulgação / CDP)

(Foto: Divulgação / CDP)

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(Foto: Divulgação / CDP)

Vacina no braço e comida no prato. Essas foram as reivindicações endereçadas ao presidente Jair Bolsonaro em ato realizado no sábado (15) que percorreu Igrejinha, Taquara e Parobé. A manifestação foi coordenada pelo Comitê pela Democracia do Paranhana e, segundo os organizadores, reuniu cerca de 100 veículos. Meia tonelada de alimentos foi arrecadada pelos participantes e será doada às ONGs Pró Vida (Igrejinha) e Vida Breve (Taquara) nesta semana.

Além do repúdio à condução do governo federal na pandemia do coronavírus no Brasil, tida como a pior no mundo em estudo feito pelo Lowy Institute, da Austrália, a atividade pacífica protestou contra os projetos de privatização de Eduardo Leite ao Banrisul, a Corsan e a Procergs. Sindicatos e entidades representativas de servidores públicos participaram da carreata e estão mobilizados para tentar barrar o projeto que retira plebiscito para venda das estatais.

— São empresas de fomento, que auxiliam no desenvolvimento do Estado e rendem muitos empregos diretos e indiretos. A PEC 280 é um desmonte de leis trabalhistas, que também mexe com a economia dos municípios. Infelizmente, tanto o governo estadual quanto federal estão se aproveitando de um momento muito difícil para tirar mais e mais direitos dos trabalhadores — avalia a diretora de Formação da Fetrafi-RS e dirigente do Sindicatodos Bancários do Vale do Paranhana, Ana Maria Betim Furquim.

Ana fez um apelo ao parlamentar que representa a região na Assembleia Legislativa do RS.

— Estamos pedindo ao deputado Dalciso Oliveira que no segundo turno da PEC 280 vote contra. Queremos um plebiscito. É direito da população opinar se aprova ou não a venda das estatais — ressalta.


Ana Furquim: PEC 280 ignora direito de decisão da população sobre venda de estatais

MANIFESTO PELA VIDA

Com mensagens coladas nas janelas, cartazes em mãos e máscaras nos rostos, os manifestantes questionaram as 70 milhões de doses da Pfizer recusadas por Bolsonaro em agosto de 2020, conforme revelado na última semana durante a CPI da Covid.

Os manifestantes também acusaram o presidente de “genocida”, mencionaram repúdio à “PEC da Rachadinha” (em relação à PEC 32/2020, da reforma administrativa) e se posicionaram em defesa da vida, do SUS e do bem-estar social.


Manifestantes levaram mensagens de repúdio ao Governo Federal nos veículos

— A mobilização surgiu a partir de um entendimento do comitê de que temos um governo que aplica políticas genocidas no país. A CPI está mostrando como Jair Bolsonaro foi negligente com a questão das vacinas. A defesa da vida é nossa principal bandeira — explica o organizador do ato e diretor do Sintrajufe/RS, Diogo Corrêa.


Diogo Corrêa foi um dos organizadores do ato

Presente na manifestação, o morador de Igrejinha Ademir Giovani Herrmann relata que a receptividade da população nas ruas foi positiva.

— A PEC 280 e a PEC 32 representam ameaças a todos nós. Por isso foi importante unificar nossa oposição a esses dois projetos. Também a luta pela vacinação, a defesa do SUS e o auxílio emergencial. E, além de tudo, foi muito importante a nossa defesa do grito “fora, Bolsonaro”. Vi muitas pessoas nas ruas nos aplaudindo — conta.

A professora Mônica Facio, ex-vereadora de Taquara, lembrou das centenas de milhares de vidas perdidas.

— São mais de 400 mil famílias que foram ceifadas do convívio de seus entes. Tudo em função de uma política genocida e de higienização das populações mais pobres e carentes do Brasil, impossibilitadas de ter acesso às políticas públicas de combate à pandemia. Por isso estamos aqui hoje, numa manifestação plural, para levantar pautas que tragam dignidade à população brasileira — contextualiza.


Manifestantes fizeram bandeiraço ao fim do ato em Parobé

As entidades representadas no ato foram Sindicato dos Professores Municipais de Igrejinha (Sipromi), Coletivo de Educadores e Pandemia do Vale do Paranhana e Serra, Fetrafi-RS, CUT, Sindicato dos Bancários do Vale do Paranhana, Cpers, Sintrajufe-RS, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Taquara, Sindicato dos Sapateiros de Igrejinha, Metalúrgicos Sapiranga e Federação dos Sapateiros.

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