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BRASIL

Bolsonaro faz mais de 47 mil votos a mais que Haddad no Vale do Paranhana

Com 72% dos votos válidos na região, candidato do PSL foi eleito presidente da República.

Publicado em 28/10/2018 às 21:06

Jair Bolsonaro x Fernando Haddad (Foto: Divulgação/UOL)

Com uma expressiva votação, o candidato Jair Bolsonaro (PSL), eleito neste domingo presidente da República, também foi o vencedor da disputa nos seis municípios do Vale do Paranhana. O deputado federal e ex-militar conquistou 72,08% dos votos válidos, com 78.720 sufrágios. A diferença para o seu adversário, Fernando Haddad (PT), foi de 47.952 votos. O petista teve 30.318 votos, o que representa 27,92% dos votos válidos.

Bolsonaro venceu em todos os municípios. Seu melhor resultado foi em Três Coroas, seguido de Taquara, Igrejinha, Rolante, Parobé e, por fim, Riozinho. Haddad teve seu melhor desempenho em Riozinho, seguido de Parobé, Rolante, Igrejinha, Taquara e Três Coroas.

Primeira fala aos brasileiros

Bolsonaro usou sua conta oficial no Facebook, que tem mais de oito milhões de seguidores, para transmitir seu primeiro discurso após a vitória. Foram quase oito minutos de pronunciamento na rede social, ao lado de sua esposa, Michele, e de uma tradutora de Libras (Língua Brasileira de Sinais). As imagens foram gravadas na casa do próprio candidato eleito. Sobre a mesa, havia exemplares da Bíblia, da Constituição e de um livro sobre o ex-primeiro ministro britânico Wiston Churchill, que liderou o Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.

Inicialmente, Bolsonaro fez uma referência religiosa e agradeceu aos médicos que cuidaram de sua saúde, após o atentando à faca que sofreu no dia 6 de setembro. Fizemos uma campanha diferente das outras. Nossa bandeira e nosso slogan, fui buscar naquilo que muitos chamam de caixa de ferramentas para consertar o homem e a mulher: a Bíblia sagrada.

Ele lembrou que tomou a decisão de disputar a Presidência da República há quatro anos. A verdade tem que começar a valer dentro dos lares, até o ponto mais alto, que é a Presidência da República. O povo, mais que o dever, tem o direito de saber o que acontece em seu país. Graças à Deus, essa verdade o povo entendeu perfeitamente. Alguém sem um grande partido, sem um fundo partidário, com grande parte da grande mídia o tempo todo criticando, colocando-me numa situação, muitas vezes, próximo a uma situação vexatória.

Sem fazer referência a Fernando Haddad, o presidente eleito falou que o país clamava por mudança e fez críticas à esquerda, prometendo governar sem indicações políticas. Não podíamos mais continuar flertando com o socialismo, o comunismo e o extremismo da esquerda. O que eu mais quero, seguindo o ensinamento de Deus, ao lado da Constituição brasileira, inspirando-se em grandes líderes mundiais e com uma boa assessoria técnica e profissional, isenta de indicações políticas de praxe, começar a fazer um governo, a partir do ano que vem, que possa colocar o Brasil em um lugar de destaque, afirmou.

Bolsonaro disse ainda que terá governabilidade, dado os contatos que fizemos ao longo dos últimos anos e disse que todos os compromissos assumidos com essas bandeiras serão cumpridos, com o povo em cada local do Brasil em que estive presente.

Pronunciamento

Minutos depois, Bolsonaro falou em rede nacional, para emissoras de rádio e televisão do país. Antes de ler o discurso escrito, houve um rápido momento de oração, puxado pelo senador Magno Malta (PR), integrante da bancada evangélica e aliado do presidente eleito. Nesse segundo pronunciamento, Bolsonaro voltou a agradecer a Deus e ao povo brasileiro e falou dos diversos compromissos assumidos.

O que ocorreu hoje na urnas não foi a vitória de um partido, mas a celebração de um país pela liberdade. O compromisso que assumimos foi fazer um governo decente. Nosso governo será formado por pessoas com o mesmo propósito de transformar nosso país em uma grande, livre e próspera nação. Trabalharemos dia e noite para isso, afirmou.

Em seguida, defendeu as liberdades de empreender, política, religiosa e de informar e ser informado. Bolsonaro disse que não existem brasileiros do Sul e do Norte. Somos todos um só país, somos todos uma só nação. Ao se dirigir aos jovens, ele disse que vai governar com os olhos nas futuras gerações e não na próxima eleição.

Federação

Bolsonaro falou também em desamarrar o Brasil e disse que vai descentralizar a liberação de recursos para os municípios. Os recursos federais irão diretamente do governo central para os estados e municípios. Precisamos de mais Brasil e menos Brasília.

Economia

O presidente eleito prometeu reduzir o tamanho do Estado. O governo dará um passo atrás, reduzindo sua estrutura e cortando privilégios, para que a sociedade dê muitos passos à frente. Afirmou que terá compromisso com o emprego, a renda e o equilíbrio fiscal. O pesselista defendeu o direito de propriedade e falou em quebrar o ciclo vicioso do crescimento da dívida pública. Ele disse que é preciso eliminar o déficit primário o mais rápido possível e converter em superávit.

Política externa

Bolsonaro fez referência à política externa do país e disse que vai libertar o Itamaraty do que chamou de viés de esquerda. O Brasil deixará de estar apartado das nações desenvolvidas, afirmou.

Ao ser questionado por um repórter que mensagem ele teria para o conjunto de eleitores, inclusive os que não o elegeram, Bolsonaro prometeu trabalhar pela pacificação do país. Vamos pacificar o Brasil e, sob a Constituição e as leis, vamos construir uma grande nação, afirmou.

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