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PARALISAÇÃO

Policiais Civis paralisam dois dias contra proposta do Governo Estadual

A mobilização pode chegar a uma greve por tempo indeterminado.

Publicado em 13/11/2019 às 07:50

(Foto: Divulgação / Polícia Civil)

(Foto: Divulgação / UGEIRM)

(Foto: Divulgação / Polícia Civil)

A direção do Sindicato dos Agentes de Polícia do RS (UGEIRM) convocou a categoria dos policiais civis para promover uma paralisação nessa quarta e quinta-feira em todo o Rio Grande do Sul. Cartazes foram espalhados pelas delegacias. Vice-presidente da entidade, Fábio Castro explicou que a mobilização tem como objetivo o de “chamar a atenção para o pacote de reforma estrutural” proposta pelo governo estadual.

“Atinge em cheio os policiais civis em seus direitos, como o da aposentadoria especial que praticamente é extinta”, afirmou. “A proposta do governo desestrutura o serviço público como um todo, reduz o salário da categoria na medida em que aumenta a alíquota da previdência para aumentar o fluxo de caixa”, acrescentou. “Hoje pagamos 14% de contribuição previdenciária. É a segunda maior alíquota do país. O governo quer passar para 16% e até 18%”, complementou.

O dirigente avaliou que o pacote não trata, por exemplo, das isenções e renúncias fiscais ou o combate à sonegação com a cobrança de devedores. “A proposta tem um caráter exclusivamente fiscal e apenas retira direitos dos servidores públicos como sempre. O ataque é brutal”, afirmou.

Durante a paralisação de quarta e quinta-feira, um acampamento da entidade de classe montado na calçada do Palácio da Polícia, no cruzamento das avenidas João Pessoa e Ipiranga, em Porto Alegre. No Interior, os agentes pretendem conversar com a população na frente das delegacias. A Ugeirm Sindicato orientou que seja mantido o atendimento somente de casos graves, como homicídios, latrocínios, feminicídios, Lei Maria da Penha com pedido de medidas protetivas, crianças vítimas, estupros e prisões em flagrante com análise criteriosa da autoridade policial, entre outros. A entidade de classe recomendou que sejam suspensas por exemplo diligências e investigações, operações e cumprimento de ordens judicias, confecção de inquéritos e termos circunstanciados. “Não haverá cumprimento de mandados de busca e de prisão, circulação de viaturas, não serão remetidos procedimentos ao Judiciário”, acrescentou Fábio Castro.

O vice-presidente da Ugeirm Sindicato adiantou que se trata de uma primeira mobilização contra o pacote do governo. “Estamos estudando também em iniciar uma operação padrão muito forte como forma de pressionar o governo e que se abra um diálogo verdadeiro”, revelou o dirigente. Uma assembleia geral deve ser chamada para avaliar a possibilidade de deflagração de uma greve geral da categoria. A entidade mantém ainda uma articulação com os deputados de todos os partidos na Assembleia Legislativa, na Capital.

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