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EDUCAÇÃO

Paletes viram bancos, mesas e lixeiras em escola do interior de Taquara

Projeto acontece, desde 2014, na EMEF Zeferino Vicente Neves Filho, em Pega Fogo, localidade do interior de Taquara.

Publicado em 13/05/2019 às 02:00

Sala verde comporta bancos feitos com paletes na oficina de reaproveitamento. (Foto: Divulgação/EMEF Zeferino Vicente Neves Filho)

Lixeira já está sendo utilizada pela escola e pela comunidade. Na foto: O professor Antônio e os alunos da oficina. (Foto: Divulgação/EMEF Zeferino Vicente Neves Filho)

Vasos de paletes sendo construídos para deixar a escola ainda mais bonita. (Foto: Divulgação/EMEF Zeferino Vicente Neves Filho)

Alunos do projeto construindo novos bancos. (Foto: Divulgação/EMEF Zeferino Vicente Neves Filho)

Reaproveitar materiais inutilizados é uma das preocupações da Escola Municipal de Ensino Fundamental Zeferino Vicente Neves Filho, localizada no Distrito de Pega Fogo, interior de Taquara. Fomentando a ideia de dar novo destino a paletes dispensados, alunos do 6º ao 9º ano, inspirados pela arte da engenharia e motivados pelo professor de matemática Antônio Valdir Ribeiro, iniciaram, ainda em 2014, projeto que visa o reaproveitamento de paletes.

A oficina que é promovida no turno inverso ou mesmo durante as aulas, envolve geometria e ângulos que dão forma a vasos, bancos, mesas, suporte para bandeiras, lixeiras, púlpito, painéis para a exposição de trabalhos e muitas outras criações que além de estimular o aprendizado dos educandos, promovem o embelezamento da instituição de ensino.

Segundo o professor Ribeiro, o objetivo do projeto é instigar a reutilização de materiais recicláveis, tornar a aprendizagem da matemática mais satisfatória, momentos onde são aplicados métodos de geometria plana e espacial, com estudos de ângulo, simetria, noção de transformação de unidades como metro, centímetro, milímetro, utilização de trena, esquadro, transferidor, compasso e régua. “O trabalho em equipe também é muito importante e percebemos um grande avanço dos alunos em relação à cooperação entre eles”, observa Ribeiro.

O projeto auxilia os alunos a ampliarem os conhecimentos de forma prática e bem mais participativa. “Já com um conhecimento prévio de geometria, eles calculam o ângulo do encosto dos bancos; com a utilização de um transferidor, determinam um ângulo reto com o compasso, aprendem o conceito de espaço, como calcular a quantia de materiais a serem usados, além de ser uma matemática mais prática no seu contexto”, esclarece o professor.

A diretora, Cátia Beatriz dos Santos, destaca a importância do projeto. “Estamos sempre em busca de novas oportunidades em prol da melhoria da qualidade do ensino, nos desafiando e desafiando nossos alunos. Neste projeto os pais e familiares também foram envolvidos ampliando ainda mais a execução do mesmo. Os alunos demonstraram maior interesse pela aprendizagem, questionando com frequência as utilidades práticas de cada conteúdo estudado, apresentando maior motivação para a realização das futuras atividades propostas”, relata Cátia, agradecendo a todos os envolvidos, bem como ao professor de música, Claiton Gonçalves da Silva, que intermediou a doação, junto à empresa Tintas Renner, de um caminhão de paletes para a concretização do projeto.

Outro ponto positivo do projeto, conforme a diretora, é a questão do custo benefício. “Nosso custo é irrisório, mas muito significativo para a escola como um todo. Não tínhamos lixeira na frente da escola, hoje temos, nem púlpito para os nossos eventos. Tudo o que é construído é muito útil, hoje há bancos distribuídos pelo pátio, são produtos caros para adquirirmos. Por isso é bem válido o projeto, pois todos ganham, principalmente os alunos. Em relação aos alunos acredito que os mesmos demonstraram mais interesse pela aprendizagem, desenvolvendo o trabalho em equipe, com maior interação, e também, por toda questão de conscientização ambiental trabalhada”, comemora Cátia.

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