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LIBERDADE RELIGIOSA

Município de Taquara promove a primeira Conferência dos Povos de Terreiros

Iniciativa busca debater políticas públicas para as comunidades seguidoras de religiões de matriz africana.

Publicado em 18/01/2023 às 11:05

Encontro será realizado no Centro Educacional Indio Brasileiro Cezar. (Foto: Magda Rabie / PMT)

A Prefeitura de Taquara, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania, realizará no dia 7 de fevereiro a primeira edição da Conferência dos Povos de Terreiros, voltada para os praticantes de religiões de matriz africana, assim como as entidades de Terreiros de Nação, Candomblé, Umbanda e Quimbanda no Município. O encontro busca discutir e deliberar estratégias de promoção da igualdade de credo, com a participação da população em atividades de planejamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas de promoção aos povos de terreiros na cidade.

O evento é aberto ao público, e será realizado no Centro Educacional Indio Brasileiro Cezar, às 19h. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania, Maurício Souza Rosa, a Conferência Municipal é uma das etapas que antecedem as conferências Estadual e Nacional que abordam o tema. “Neste dia, será eleita a delegação que participará das etapas seguintes destes encontros. A partir das demandas elencadas em ações como esta, poderão surgir pautas para o debate de políticas públicas”, menciona.

Criação de um conselho municipal

Durante a conferência, será feita uma ata com a deliberação conjunta dos participantes, para ser encaminhada à Câmara de Vereadores como projeto de lei, visando a criação do Conselho Municipal dos Povos de Terreiros, que pretende construir políticas públicas voltadas aos seguidores de religiões de matriz africana. “É muito importante realizarmos ações deste tipo, de forma a ressaltar a igualdade religiosa, respeitando o credo de toda a população. Esperamos que seja um grande encontro”, ressalta a prefeita Sirlei Silveira.

Maurício complementa que a discussão de temas desta natureza é uma forma de respeitar o ser humano e a própria história. “Somos uma nação miscigenada. Na nossa região, temos uma influência da descendência africana. No entanto, não há a mesma valorização que outras influências culturais. A laicidade do Estado deve ser expressada nas mesmas oportunidades a todos. Sendo assim, cumprimos com esta agenda de forma respeitosa, viabilizando a captação de recursos a partir da participação das comunidades”, frisa.

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